Dia Internacional Contra a Homobia terça-feira, maio 18, 2010


Todo dia é dia lutar contra a homofobia, mas é importante ter um dia especial para lembrar todo o mundo que a causa gay é legítima e veio para ficar =)

Ainda há muito o que fazer, pois segundo uma pesquisa do Grupo Gay na Bahia, um homossexual morre a cada dois dias no Brasil. Clique aqui para ler na ìntegra.

Mas nem tudo se resume a más notícias, no Blog do Nassif, uma conquista do grupo LBGT, clique aqui para ler.

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Vocês já devem conhecer, mas encontrei a Rádio G MIX, que ao que parece é a primeira rádio voltada para o público gay brasileiro.

Feliz dia internacional contra a homofobia para todos nós!

Barcelona é super acolhedora para os gays, recomendo quinta-feira, maio 13, 2010


Sou apaixonada por essa cidade linda, frenética, de vida noturna intensa e extremamente plural. Os prédios de Gaudí, praias, topless, povo super fashion, que não teme fazer as combinações mais malucas no figurino. Eu adoro. Gente liberal, hospitaleira e culinária deliciosa e a língua então, muito fácil de compreender.

Será meu 3o. passeio por aquelas bandas, se eu pudesse, moraria lá com certeza.

Vejam só que mulher sortuda eu sou. A viagem é presente do Dia das Mães, e o maridão, meu querido, vai ficar com nossa filhota em Munique e eu vou cair no mundo! Vou ficar na casa da minha amigona Silvana, será apenas um final de semana, mas tempo suficiente para curtir ao máximo 2 noites daquela terra.

Um detalhe importante sobre minha amiga Silvana: a danada tem uns 200 amigos gays, ela é hétero, tem poucas amigas mulheres, só pode ser amor de outras vidas, não é possível, rs.

Vai rolar muitas fotos aqui no blog, com certeza =)






Todo Repúdio à revista Veja. Viva a luta do movimento LGTTB! quarta-feira, maio 12, 2010


"Chupado" do blog Fazendo Média

A revista Veja publicou nessa semana a seguinte matéria: “Ser jovem e gay. A vida sem dramas.” A reportagem – por meio de depoimentos de jovens de classe média e classe média alta – aponta que os jovens gays têm assumido a homossexualidade sem qualquer razão para temer ou esconder. A revista ainda mostra que ser militante da causa é quase ultrapassado e que a luta é desnecessária. O que a matéria não registrou, ficou na marginalidade da informação: homofobia existe.

O estranho é que não há um negro ou uma negra na matéria. Ou então jovens pobres. E as travestis? Por que elas não conseguem emprego? Imaginem só uma mulher afirmar que é negra e lésbica. Demais para os leitores de Veja? De acordo com dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), o Brasil é o campeão mundial de crimes contra lésbicas, gays, travestis, transexuais e bissexuais (LGTTB’s): um assassinato a cada dois dias, aproximadamente 200 crimes por ano, seguido do México com 35 homicídios e os Estados Unidos com 25.

Não precisamos apenas de dados para constatar a homofobia. Quantas piadas, xingamentos e brincadeirinhas estão carregadas de preconceito? Basta ligar a televisão que podemos assistir um general das Forças Armadas (mesmo exemplo dado pela revista) afirmando sua posição contrária à presença de gays na instituição. Pior ainda, que País é este que respalda Marcelo Dourado como campeão do Big Brother Brasil e queridinho da população brasileira? Isso porque Dourado, além de comentários e atitudes machistas e homofóbicas, afirmou que heterossexuais não pegam Aids. Fato que fez com que a Globo utilizasse o mesmo espaço para esclarecimentos do Ministério da Saúde.

Se tudo está mais tranquilo, livre de preconceito e agressões, por que o Brasil não aprova a Lei 122/06 que criminaliza a homofobia? Esse preconceito velado é uma das piores tendências e a revista Veja, inegavelmente nojenta, tenta convencer a população que militar no movimento LGTTB é ultrapassado, ‘over’. Ninguém esconde orientação sexual embaixo de bandeiras. Ao contrário, militamos por uma sociedade justa e livre de preconceitos. Desqualificar a luta do movimento LGTTB é, no mínimo, ignorância. Foi por meio da luta do movimento que a homossexualidade deixou de ser considerada doença e perversão e, até hoje, é referência histórica na contra a homofobia.

Se não há preconceito, por que pessoas do mesmo sexo não andam sequer de mãos dadas em público? Por que travestis sofrem violência física e moral todos os dias? Por que as travestis não conseguem emprego ou o simples direito de mudar de nome? Por que as mulheres lésbicas sofrem com a falta de um atendimento específico nos hospitais e postos de saúde – elas mal são tocadas, principalmente as negras, além de sofrerem com péssima orientação médica? Por que homens gays são massacrados em instituições, seja exército ou universidade? Por que casais gays não podem se casar ou adotar filhos? Eu mesma, só conheci uma travesti com um emprego que não fosse profissional do sexo. Ela era operadora de telemarketing… Mais uma vez, escondida.

A luta contra a homofobia não deve parar e cada um de nós deve lutar por um mundo melhor livre de opressões. Todo REPÚDIO à revista Veja. Viva a luta do movimento LGTTB!

(*) Camila Marins é jornalista e poeta.